quinta-feira, 25 de abril de 2013
domingo, 14 de abril de 2013
Imagens Poéticas anteriores à pesquisa de campo em Paisagens Corporais
No início do processo de pesquisa de Paisagens Corporais, nos chamava muita a atenção o fato do cerrado ser o berço da águas do país. Como
se lá no coração rachado pela seca, jorrassem águas azuis que se esparramavam
pelo Brasil a fora.
Esta imagem do
cerrado como berço das águas nos fez entrar em uma peregrinação interna,
passando por nossas partes secas e áridas, em busca de nossas nascentes.
No primeiro semestre de pesquisa - jan a jun de 2012- a observação do ambiente natural foi de fundamental
importância para a tônica do trabalho.
Três imagens ficaram muito presentes:
· os ipês – que no
auge da agonia da seca, choram flores;
· a ecdise e o
canto das cigarras – o abandono das velhas estruturas e o canto eufórico em
busca de seus pares, anunciando a chuva;
· a revoada das
aleluias - que também saem da terra,
aladas e frenéticas, em busca de seu par.
Aqui em Goiânia,
quando vemos um ipê florido, aprendemos a ver beleza nas coisas áridas. E
quando ouvimos uma cigarra, ou quando presenciamos uma revoada de aleluias,
bate um alívio: a chuva está chegando... Aleluia!! Uma mistura de fé na vida com uma saudade... No meu caso, saudade de meus entes queridos que estão mais distantes... Seria a busca pelo meu par?
As três imagens
tinham algo em comum, que nos era precioso enquanto imagem poética: uma forte relação
com a terra e busca dos céus, a sublimação.
Os ipês contavam da importância dos tempos áridos,
as cigarras e aleluias cantavam os segredos da esperança e da fé.
Para nós, tais imagens eram
metáfora da peregrinação humana, em busca do essencial, em busca do sagrado. Era nossa caçada começando a surgir...
E
no umbigo dessa busca, desta caça, águas jorravam e emoções transbordavam.
E fomos parar em Colinas do Sul, para caçar a Rainha e aguçar nossa fé nas coisas simples, e depois seguimos para a comunidade Kalunga do engenho 2, em busca da força Kalunga e das águas de Santa Bárbara.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
O crochê no processo
A imagem do rosário sempre esteve muito presente no processo de pesquisa.
Em Colinas do Sul, estive no momento de levantar o mastro do Rosário em frente à igreja, ajudei a levantá-lo. Só mulheres podiam fazê-o. E foi numa oficina na UFG sobre Congadas, com a Irmandade do Rosário de Justinópolis, Minas Gerais, que o rosário se desvendou no processo de Paisagens Corporais.Na oficina, um devoto explicou a origem do nome rosário: antigamente, as mulheres tiravam uma pétala da rosa para cada oração feita. Eram as rosas da oração, o rosário.
A imagem da ROSA então passou a fazer parte dos laboratórios corporais. Eu precisava encontrar meu rosário. Queria fazer uma rosa...
Num outro momento do processo de pesquisa corporal dirigido por Maria Fernanda (ver : laboratórios corporais: contribuições de Maria Fernanda) , apareceu a figura de minha tia-avó Pierina, em forma de crochê. Ela havia me ensinado a fazer crochê quando eu tinha ainda 5 anos. E então a ligação aconteceu: comecei a fazer rosas de crochê.
O fazer do crochê mereceu minha atenção na continuidade da pesquisa corporal e se incorporou em minha matriz de movimento inicial. Tornou-se o momento de oração da personagem "mulher-toura". Representava o trabalho, a preparação para a festa, para o sagrado.
A imagem da rosa e do crochê apareceu no fiurino desta personagem: a saia é formada por camadas, como se fossem pétalas de rosas, e a blusa de trnsforma numa grande linha, que a personagem trança em crochê, trazendo essas memórias pra si.
Os crochês entraram no espaço cênico em forma de cenário.
Passei a pesquisar crocheiras em Goiânia. Encontrei o grupo "Multiministério de Senhoras", da Igreja Bíblica de Goiânia. Desde então, essas queridas senhoras vêm contribundo com seu trabalho manual para Projeto Paisagens Corporais. Entre outras buscas, ao acaso encontrei Lidia Luz, antropóloga e fantástica crocheira, que também tornou-se uma grande parceira, contribuindo com suas flores de Luz para o projeto paisagens Corporais.
O trabalho de Lidia Luz foi uma achado muito especial, pois além de seu trabalho em crochê, Lídia possui u trabalho belíssimo inspirado em manifestações populares do Brasil, inclusive inspirados em Nossa Senhora do Rosário e no Divino espírito Santo - ambas figuras que aparecem na pesquisa de Paisagens Corporais.
As peças de Lídia luz e das crocheiras do Multiministério de Senhoras estão integrando o cenário do espetáculo CAÇADA, um dos frutos do projeto Paisagens Corporais.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
ESTRÉIA CAÇADA
ESTRÉIA CAÇADA NO SESI
02 DE ABRIL, 20h
Teatro do SESI:
Av. João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva, ao lado do Clube Antônio Ferreira Pacheco - Goiânia - Goiás
Informações: (62) 4002-6213
02 DE ABRIL, 20h
Teatro do SESI:
Av. João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva, ao lado do Clube Antônio Ferreira Pacheco - Goiânia - Goiás
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