Seguindo as pesquisas corporais, passamos para o Dojo com Maria Fernanda. No dojo, minhas memórias até então trabalhadas se concentraram e se fizeram presente nas mãos. As mãos teciam, pegavam, empurravam.
Primeiramente, o moimento do crochê se fez presente nas mãos. No Laboratório Corporal, trancei em crochê várias fitas coloridas. Me senti em oração.
O movimento da trança ficou presente nas mãos e braços. Aos poucos, tomou conta do corpo todo. Meu corpo todo trançava minhas memórias de crochê.
O corpo-agulha puxava as memórias, uma a uma. Fiz uma colcha.
O corpo era ao mesmo tempo a linha, a agulha, a crocheira, o crochê.
Depois de bordar pelo espaço, o corpo se desmanchava, e virava linha novamente.
Depois fui procurar os crochês de Pierina. Estavam guardados comigo.
Desde então caço ligações entre a personagem da mulher-toura, que surgiu nos Laboratórios Corporais dirigidos por Renata Lima e o crochê que surgiu no dojo, dirigido por Maria Fernanda.
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