domingo, 31 de março de 2013

Processos e ruminâncias

Seguindo as pesquisas corporais, passamos para o Dojo com Maria Fernanda. No dojo, minhas memórias até então trabalhadas  se concentraram e se fizeram presente nas mãos. As mãos teciam, pegavam, empurravam.

Primeiramente, o moimento do crochê se fez presente nas mãos. No Laboratório Corporal, trancei em crochê várias fitas coloridas. Me senti em oração.

O movimento da trança ficou presente nas mãos e braços. Aos poucos, tomou conta do corpo todo. Meu corpo todo trançava minhas memórias de crochê.

O corpo-agulha puxava as memórias, uma a uma. Fiz uma colcha.
O corpo era ao mesmo tempo a linha, a agulha, a crocheira, o crochê.

Depois de bordar pelo espaço, o corpo se desmanchava, e virava linha novamente.

Depois fui procurar os crochês de Pierina. Estavam guardados comigo.

Desde então caço ligações entre a personagem da mulher-toura, que surgiu nos Laboratórios Corporais dirigidos por Renata Lima e o crochê que surgiu no dojo, dirigido por Maria Fernanda.

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