domingo, 24 de fevereiro de 2013

Rodrigo: segundo dojo

Utilizamos para preparação do corpo de trabalho a argila também. 

Fizemos todo o trabalho corporal ao ar livre. 

As mãos aparecem no Rodrigo pela ação do fazer do trabalho intenso ligado a terra. 

Reconhecimento das paisagens no inventário pessoal. Investigação dessa sensação/ imagem/ sentimento dos aspectos relacionado a paisagem, estado de solitude em meio a essa paisagem vivida na infância,relação afetiva com o ceifar, amolar, cavar, podar, cultivar... Em um momento de moldar a argila, o dojo é realizado espontaneamente. 

No desenrolar das ações percebe-se o encontro com esse estado de solitude e esse corpo misturado com o ambiente. 

A postura das cócoras no banco propicia o reconhecimento de algumas matrizes relacionado a essa figura do Mateiro, assim como a descoberta de características de sua personalidade. Tais como: passa despercebido pelos lugares no entanto sua capacidade de observar o meio também abrange as pessoas. 

É um homem de poucas palavras, mas carrega muita vigência em seu corpo. Convive com uma dor física provinda talvez de seu trabalho. 


Descobrimos que essa personagem no inicio do espetáculo está em meio ao cortejo dos músicos e entre o publico, mas ninguém percebe sua presença (ao talvez, poucas que estão nessa festa). Ele se coloca em cena sem que o publico perceba. É uma personagem silenciosa, mas muito expressiva. suas matrizes de movimento a partir das mãos são as ações diversas de trabalho ligada a terra, ora em pé, ora nas cócoras; um estado de contemplação do ambiente/paisagem, onde ele se confunde com ela. 

Descobre também que ele é um mediador entre a rosa e o adubo que fertiliza a terra onde estão suas raízes  Ele é o agente responsável pelo movimento cíclico da rosa/ trama/ mulher touro/ mulher/ rosa/ trama....

por Maria Fernanda

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